sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pressionada pelo Bing, Google é líder e paranóica

Apesar de dominar mercado de busca, empresa não para de modificar seu serviço. Para analista da Gartner, ela está certa em temer rivais.

A Google ainda impera no mercado de buscas, mas isso não a impede de olhar para o retrovisor. O último estudo do instituto Pew afirma que 83% dos internautas americanos utilizam seu serviço na hora de pesquisar e, ainda assim, a empresa não se cansa de modificá-lo.
A próxima alteração, prevista para daqui a alguns meses, visa aprimorar as habilidades semânticas do buscador, prevendo assim respostas diretas a certas perguntas em vez de links que possivelmente as contenham.
Segundo o analista da Gartner, Whit Andrews, a gigante tem motivos para ficar paranóica, embora seu buscador seja tão célebre que até já virou verbo nos Estados Unidos. Na entrevista a seguir, ele responde quais são seus principais desafios para manter-se topo e o que seus rivais precisam para ameaçá-lo.
O Google é de longe o maior buscador do mundo, e sua participação no mercado nunca esteve tão alta. A empresa deve temer os rivais, mesmo estando tão firme na liderança?
A Google sempre se sentirá pressionada e o Bing, da Microsoft, parece tê-la acordado. Ela está certa em se preocupar, mesmo porque é muito fácil para o usuário mudar de serviço. Não há custo operacional envolvido.
Ao mesmo tempo, a Google tem algumas vantagens que não podem ser desconsideradas. Por exemplo, bilhões de pessoas utilizam sua busca, o que é muito útil para determinar os melhores resultados. Ela tem de aproveitar esse fator para continuar crescendo e deve se manter paranóica.
Como a preocupação da Google influenciará o mercado? E como os competidores estão se diferenciando dela?
Há muitas formas de diferenciar seu serviço, mas todas passam por oferecer melhores resultados para cada indivíduo. No momento a Microsoft está trabalhando pesado para mostrar que há problemas na forma como a Google administra seu negócio e que seu motor de busca não é tão quanto a maioria pensa.
Também é possível modificar a interface para convencer o usuário que por ela é mais fácil encontrar o que procuram. Utilizar diferentes informações é outra maneira útil, como o Bing faz com o Facebook – apenas nos Estados Unidos – e que, agora, o Google faz com o Google+.
Adicionar respostas diretas entra em que estratégia?
As respostas não chegam a ser uma novidade. A primeira vez que as vi foi em 1997, no Excite. Por trás delas está uma ideia simples de mostrar ao consumidor o que ele realmente quer. Ao pesquisar por “Red Sox score” você quer ver o placar do jogo de time americano e não um monte de sites sobre ele.
Esse tipo de informação, porém, é tão interessante quanto desafiadora. E os administradores de sites podem ficar frustrados já que, apesar da busca utilizar seus dados, o usuário não terá que acessá-lo, reduzindo sua audiência.
Que outras mudanças você vê a Google implantando?
Creio que a ênfase no Google+ continuará. Há o risco de um retrocesso caso a insistência persista por mais tempo que deveria, mas agregar a rede social e o buscador será importante para que a empresa cresça.
O que o Google+ precisa é de um FarmVille, algo que aumente o engajamento das pessoas. O hangout é bom, mas não é o bastante. Quando a rede social ganhar o efeito magnético necessário, criará identidade própria. Lembre-se que havia várias plataformas parecidas com o Facebook antes de ele surgir.
Há alguma coisa que a líder não oferece que uma nova companhia poderia oferecer?
Por enquanto eu não vejo. Não consigo pensar em algo que uma empresa emergente possa fazer para atrair um monte de internautas. No entanto, tenha em mente que não sentia falta do Google porque achava o AltaVista suficiente. No momento a Google tem os blocos para continuar a construir sua liderança: o Maps, o Google+, o YouTube e o Android.

Fonte: IDG Now!

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